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quinta-feira, outubro 05, 2006

Water [2005]


Crew
Deepa Mehta - Director / Screenwriter
David Hamilton - Producer / Executive Producer
Giles Nuttgens - Cinematographer
Mychael Danna - Composer (Music Score)
A.R. Rahman - Songwriter
Colin Monie - Editor
Dilip Mehta - Production Designer

Cast
Seema Biswas - Shakuntala
Lisa Ray - Kalyani
John Abraham - Narayan
Sarala - Chuyia
Manorama - Madhumati
Vidula Javalgekar - Patiraji "Auntie"
Raghubir Yadav - Gulabi
Kulbhushan Kharbanda - Sadananda
Vinay Pathak - Rabindra



Comentário
Três gerações, três destinos, três niveis de esperança.
Este "Agua" conta-nos uma história dificil de digerir e ao mesmo tempo impossível de não degustar.

A acção gira em torno de três viuvas, uma menina de 9 anos acabada de entrar numa engrenagem hipócrita de desumanização, uma jovem de vinte e poucos com uma porta entreaberta para a salvação adiada e uma senhora de 50 e muitos ao qual a miséria encapotada de tradição religiosa retirou a possibilidade de viver.

O filme roda em volta destes três seres humanos e leva-nos numa viagem traumática que só pode acabar mal, com a destruição natural e cruel de toda a pureza, amor e fé numa sociedade marcada pela miséria.

A pureza de uma criança arrancada aos pés da necessidade de sobrevivência, o amor inocente de uma jovem fatalmente destruído perante o preconceito social de uma sociedade de vistas curtas, a fé de uma velha atraiçoada perante o realismo miserabilista de um povo que tem de lutar pelo pão que come.

As diferentes tonalidades que percorrem o filme, evoluindo dos cinzas, passando pelos suaves azuis e verdes e terminando com o falso esfusio dos vermelhos e amarelos, enquadram-nos de uma forma harmoniosa com o sentimento que emana da história, começamos pela inocência, percorremos um amor efêmero e estival e terminamos com regresso a uma realidade nua e crua.

O trabalhos dos actores, o trabalho de realização tudo isso é subalternizado ao poder da história e esse é de facto o grande mérito de Deepa Mehta, o de reconhecer a força da própria história e de se deixar conduzir por ela, de se limitar a concretizá-la visualmente no fim de contas de a deixar-se contar. Quanto a voçês, eu acho que não se arrependerão se se derem ao trabalho de a ouvir.

A VER

terça-feira, setembro 26, 2006

WTC [2006]


Crew
Oliver Stone - Director
Moritz Borman - Producer
Debra Hill - Producer
Michael Shamberg - Producer
Stacey Sher - Producer
Andrea Berloff - Screenwriter
Seamus Mcgarvey - Cinematographer
Craig Armstrong - Composer (Music Score)

Cast
Nicolas Cage - John McLoughlin
Michael Pena - Will Jimeno
Maggie Gyllenhaal - Allison Jimeno
Maria Bello - Donna McLoughlin
Stephen Dorff - Scott Strauss
Jay Hernandez - Dominick Pezzulo
Mike Shannon - Dave Karnes



Comentário
O que dizer sobre este filme? De facto apraz-me dizer muito pouco. É verdade, o filme está bem filmado, os actores estão competentes, a história, óbviamente, é apelativa, a intensidade dramática é de facto bem cozinhada por Stone, enfim um produto tipicamente Hollywoodesco.

E é esta característica que me parece interessante, porque de facto. Este WTC é o culminar do processo de redenção do conhecido bad boy da realização americana, que ao longo destes anos chocou e despertou velhos fantasmas americanos.

Filmes como "Salvador", "Talk Radio", "Nascido a 4 de Julho", "JFK", "Platoon", iniciaram o percurso de um homem que procurou despertar as consciências americanas através do conflito e da provocação.

Já com este WTC, Stone não exorcisa este fantasma, e aqui duas abordagens poderão ser possíveis: este não é passivel de ser exorcisado ou Stone não possui as capacidades necessárias ao exorcismo.

Julgo que estamos perante um misto dos dois aspectos, ou seja, por um lado será muito dificil a um americano nos tempos próximos (sem o necessário distanciamento histórico que Stone teve nos seus outros projectos) conseguir ter uma abordagem que fuja ao natural patriotismo e á saudável exaltação da coragem dos seus, por outro lado, Stone, não me parece claramente o homem para essa futura tarefa. E isso é evidente neste película, a forma óbvia como Stone se deixa levar para o sentimento fácil, como os próprios estereotipos são deixados livres no enredo, reforçam essa minha percepção de que de facto após o terrível "Alexandre" este "WTC" veio mostrar que o velhinho Stone está morto dando lugar a mais um Spielberg "wanna be".

E assim, já disse muito, embora de facto pouco sobre o filme em si. Deixem-me então reamatar, filme bem dirigido, com bons actores, com lamechice a preceito, bem comportado e acima de tudo, muito previsivel. Uma história assente, aqui talvez a única surpresa, numa interação entre McLoughlin e Jimeno e respectivas familias, tão diferentes mas no fundo tão iguais, ou seja como todos nós nascidos no Iraque ou nos estates.

Concerteza que daqui a uns bons aninhos veremos uma ou mais abordagens deste trauma americano coloridas com outro tipo de cores e não tão monocromática como esta obra de Stone se apresenta.

Ahhmmmm

sexta-feira, setembro 22, 2006

Notícias : 300 by Frank Miller

Um dos projectos cinematográficos mais aguardados no próximo ano é a adaptação ao cinema de mais uma obra do mestre dos quadradinhos americano, Frank Miller.

Este 300, basesado na "Graphic Novel" homónima de Miller, passa-se algures no auge da guerra Perso-Grega que decorreu no ano 480 Antes de Cristo.A acção culmina com a legendária batalha de Thermopylae, onde o Rei Leonidas dos Espartanos conduz o seu exército de uns meros 300 homens para o confronto com um exército Persa invasor composto por largos milhares de soldados.

Segundo a Lenda o valor e sacrificio destes homesm inspirou todo o povo Grego para enfrentar a ameaça Persa e graças a esse heroísmo assistimos ao nascimento da democracia.

A direcção deste ambicioso projecto foi entregue ao pouco experiente Zack Snyder, que se havia estreado com o interessante "Dawn of the Dead", vamos ver o que sai daqui. Para já o look muito videogame que sobressai no trailer parece-me, no mínimo, inovador.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Miami Vice [2006]


Crew
Michael Mann - Director / Producer / Screenwriter
Pieter Jan Brugge - Producer
Dion Beebe - Cinematographer
John Murphy - Composer (Music Score)
William C. Goldenberg - Editor
Paul Rubell - Editor
Victor Kempster - Production Designer
Carlos A. Menendez - Art Director
Seth Red - Supervising Art Director
Bryan H. Carroll - Co-producer
Gusmano Cesaretti - Co-producer

Cast
Colin Farrell - Sonny Crockett
Jamie Foxx - Ricardo Tubbs
Gong Li - Isabella
Naomie Harris - Trudy Joplin
Ciarán Hinds - FBI Agent Fujima
Justin Theroux - Detective Larry Zito
Barry "Shabaka" Henley - Lt. Martin Castillo
Luis Tosar - Montoya
John Ortiz - Jose Yero
Elizabeth Rodriguez - Gina Callabrese
Domenick Lombardozzi - Det. Switek




Comentário
Antes de mais, deixem-me dizer-lhes que nunca fui um fã da série original. Sempre achei o Don Johnson um pouquinho azeiteiro de mais para o meu gosto, e ainda por cima essa sua faceta nessa mesma série sempre me pareceu ainda ser mais realçada pelo próprio personagem.

Dito isto, percebe-se a minha relutância em assistir a um filme que à partida para além desse grande handicap, tinha ainda a desvantagem de ser uma remake, o que para mim é outro factor que me afasta.

Portanto, o que me levou a entrar na sala para assistir a este Miami Vice? Garanto que não fui empurrado e ameaçado para entrar na sala de cinema. O que me levou a arriscar ver este fita, foi apenas um único factor, Michael Mann.

De facto, o nome de Mann neste projecto foi a única razão que me fez entrar na sala de cinema, e em boa hora, verdade seja dita.

O profissionalismo e a frequente qualidade dos trabalhos de Mann (em 1992 "The Last of the Mohicans", em 1995 "Heat" e em 2004 "Collateral") são um indicador do tipo de filme que poderíamos encontrar. Confesso no entanto, que o facto de Mann ter sido o Produtor Executivo da série durante anos a fio me deixou até ao último momento receoso do resultado.

E surpresa das surpresas, não é que Michael Man fez um Anti-Miami Vice? Pois é, esta obra, do original, apenas bebeu os nomes dos personagens e o local da acção, tudo o resto é totalmente diferente, na prática estamos perante um novo filme, nem sequer se pode falar de uma recriação.

Ora esclarecendo este ponto, ou seja, para mim este é um novo filme. A pergunta que se coloca é: "E sendo um novo filme, é bom?"

Bem aqui o veredicto já não é tão linear, em primeiro lugar temos de reconhecer que Man adoptou uma abordagem que tipicamente é alvo de fortes criticas dos puristas do cinema, Mann resolveu utilizar camaras digitais para criar esta aventura de Sonny and Ricco. E reconheça-se, não é uma posição muito atreita ao reconhecimento por parte da crítica. No entanto, ao adoptar esta tecnologia Mann ganhou acima de tudo em dois aspectos. Por um lado a rapidez no processo de edição e montagem, o que para nós espectadores é nos totalmente indiferente, e por outro lado ganhou em termos de agressividade e ritmo narrativo e isso sim, o resultado é de facto fantástico a nível visual.

O look digital desta película é de facto na minha opinião, e de forma surpreendente, a sua grande mais valia. Ao longo de hora e meia somos brindados com um ritmo e com uma visão cinematográfica de facto fabulosa, com planos agrestes, movimentos de câmara alucinantes e uma crueza de imagem esfusiante e extraordináriamente real, enfim um festim para os amantes do cinema de acção e de imagens espectaculares. A cena em Sonny e Isabella rumam ao por do sol cubano para beber Mojitos é material de que são feitos os nossos sonhos.

Aliás esta história de amor não concretizado entre os dois sedutores é outra grande mais valia deste filme, e apesar de Gong Li ter um inglês quase incompreensível e um castelhano ainda mais miserável, a intensidade e tensão sexual que ela e Colin Farrel irradiam é fluminante, e muito mais do que as palavras trocadas o que impressiona é aquilo que não é dito mas sentido e passado, por olhares, por toque, por movimento, enfim uma lição de sensualidade.

Mas este filme não é de facto um obra perfeita, longe disso, se tirarmos este jogo entre Gong e Colin, se tirarmos a vertente tecnológica, o que fica é muito sensaborão. Uma história sem sobressaltos e pouco dada a surpresas, personagens demasiados bi-dimensionais e sem profundidade, uma prestação dos restantes actores a roçar o medíocre.

Enfim, o que Mann queria atingir com este seu regresso ás praias escaldantes de Miami, foi atingido plenamente, estamos perante um produto limpo, profissional e que abre as portas a um redimensionamento dos personagens Sonny e Ricco fazendo augurar as sequelas que de certeza aí virão.

Concerteza este franchise renasceu limpo e de cara lavada. O MVII vem aí de certeza.

COM INTERESSE

sábado, setembro 02, 2006

Al-Jenna-An (Aka: Paradise Now) [2005]



Crew
Hany Abu-Assad - Director / Screenwriter
Bero Beyer - Producer / Screenwriter
Antoine Heberle - Cinematographer
Sander Vos - Editor
Olivier Meidinger - Production Designer
Bashir Abu-Rabia - Art Director
Amir Harel - Co-producer
Gerhard Meixner - Co-producer
Hengameh Panahi - Co-producer
Roman Paul - Co-producer

Cast
Kais Nashef - Said
Ali Suliman - Khaled
Lubna Azabal - Suha
Amer Hlehel - Jamal
Hiam Abbass - Said's Mother




Comentário
Antes de mais, deixem-me começar pela lista intimidatória que acompanha o lançamento deste filme, numa única sala em Portugal, pasme-se!

Blue Angel Prize (win) 2005 Berlin International Film Festival
Best Foreign Language Film (win) 2005 Dallas-Ft. Worth Film Critics Associati
Best Foreign Language Film (win) 2005 Golden Globe
Best Foreign Language Film (win) 2005 National Board of Review
Best Foreign Film (win) 2005 Independent Spirit Award
Best Foreign Film (nom) 2005 Academy
Best Foreign Language Film (nom) 2005 Broadcast Film Critics Association


Temos de reconhecer que é no minímo impressionante, tanto a horda de prémios internacionais como o ostracismo a que foi vetado na velhinha sala do King, pelas nossas queridas distribuidoras.

Mas falando do que interessa, estamos perante um filme que não impressiona pela preocupação artística e cujos actores não deslumbram limitando-se a cumprir profissionalmente o seu papel. Sendo assim o que levou esta primeira obra de Hany Abu-Assad a ter o reconhecimento europeu e americano que está a ter (excepto Portugal, claro)?

As respostas são de facto muitas.
Passando ao lado da actualidade política que á partida garantiria alguma atenção.

Falemos das outras razões que me parecem estar na base da beleza emanente deste filme.

O facto de esta ser uma co-produção Israel-Palestiniana (com dinheiro Franco-Alemão pelo meio) permite de facto que esta viagem ao incompreensívelmente óbvio conflito que nos envergonha e que tem permitido um massacre de um povo que se viu usurpado da sua terra, seja uma viagem de facto tão lúcida e tão sem procuras de culpados, aqui o que se procura são os inocentes.

Um homem com um passado que determina o seu futuro, o suicida, uma jovem com um passado que determina o seu futuro, a apaixonada, um jovem sem passado e sem futuro, o perdido, este é o trio que na prática representa todo um povo explorado pelos outros e pelos seus. Um povo usado como arma de arremesso vingativa e ao mesmo tempo como alibi de vingança.

É aqui de facto que resiste a força deste filme, nas metáforas dictómicas e na história simples e sem juízos de valor. A fuga ao facilitismo religioso é evidente, não vemos um deus particular, embora ele seja invocado constantemente, todo o acto de oração é omitido ou pura e simplesmente humorizado, o que importa aqui é procurar contar uma história e não mostrar um olhar.

E a história é simples, reparem, os últimos dois dias de dois suicidas palestinianos, tão simples mesmo e ao mesmo tempo tão dificil esse caminho da simplicidade, Hany Abu-Assad está de parabens.

O final é algo de único, um final que corresponde ao ritmo do filme, impressionante.

Ainda mais quando presenciado numa sala de "CINEMA" onde as pessoas estão para desfrutar de um espectáculo e não para degustar pipocas e sorver coca-cola, se fosse assim este final passaria totalmente ao lado, assim na sala o silêncio falou forte, muito forte.

A VER

domingo, agosto 27, 2006

Um momento único de TV

Esta é a minha homenagem a um dos cómicos mais frutuosos e magníficos da actual comédia americana.

Will Farrel é de facto um artista que ao longo dos anos tem vindo a refinar uma carreira e um talento como há muito não se via em Hollywood.

Este Give me more Cow Bell é decidamente um dos momentos mais perfeitos do velhinho SNL, em que Will domina completamente o set. Perfeito.

Romance & Cigarettes [2005]


Crew
John Turturro - Director / Producer / Screenwriter
Ethan Coen - Producer
Joel Coen - Producer / Executive Producer
John Penotti - Producer
Thomas Stern - Cinematographer
Paul Chihara - Composer (Music Score)
Chris Robertson - Musical Direction/Supervision

Cast
James Gandolfini - Nick Murder
Susan Sarandon - Kitty Kane
Kate Winslet - Tula
Steve Buscemi - Angelo
Bobby Cannavale - Fryburg
Mandy Moore - Baby
Barbara Sukowa - Gracie
Elaine Stritch - Nick's Mother
Amy Sedaris - Frances
Aida Turturro - Rosebud
Mary-Louise Parker - Constance
Kumar Pallana - Da Da Kumar
Christopher Walken - Cousin Bo
Eddie Izzard - Gene Vincent




Comentário
Depois de duas tentativas não muito bem sucedidas, John Turturro consegue com este seu novo trabalho atingir um nível de qualidade no mínimo surpreendente.

Romance & Cigarros é uma pequena pérola em exibição actualmente nas nossas salas.

Preparem-se para uma experiência sonora desenfreada recheada de recorrentes confrontos visuais, é no entanto esta duplicidade, aparentemente contraditória, que torna este filme um festim sensorial único.

O pressuposto desta obra é relativamente simples mas ao mesmo tempo extremamente complexo de concretizar. Turturro recorrendo a uma banda sonora tipicamente 70's constroi um mundo kitsch que seduz totalmente, o mau gosto das indumentárias dos personagens, as prostitutas reles, os subúrbios decadentes deleitam-se harmoniosamente com as histórias contadas nas músicas escolhidas pelo realizador.

No entanto, o glamour das vozes em cançoes como "Delilah" de Tom Jones, ou de "A man without love" de Engelbert Humperdinck ou até mesmo de "Do you love me like you kiss me?" de Connie Francis, a nobreza dos sentimentos dos personagens, complementa de uma forma perfeita esta obra, fazendo com que esta não tenha duas faces na moeda mas sim uma amálgama organizada de sensações.Glamour e Kitsch numa única face, numa única realidade.

O casting é perfeito, feliz o realizador que tem um cast de actores da estirpe de Gandolfini, Saradon, Walken, Buscemi, Winslet e ainda por cima estes se encontram inspirados e se entregam de corpo e alma á história.

Winslet então, atinge nesta sua interpretação um registo impressionante construíndo uma mulher de contrastes (mais uma vez a contradição) ora apaixonada, jovem, orgulhosa, sonhadora, sensual, glamorosa; ora debochada, acabada, humilhada, decadente, repelente.

Enfim um filme em que o espectador viaja numa montanha russa constante e o final catártico é o corolário lógico de uma vida em flashback com Murder moribundo a encontrar a sua redenção num céu azul que ninguém vê nunca a não ser na última cena do filme.

Murder pouco antes de morrer resume de uma forma feliz e certeira a filosofia deste filme (tradução livre):
"No fim de contas nesta vida existem duas coisas que um homem tem de fazer, ser romântico e fumar até rebentar"

Coração e Pulmão.

domingo, agosto 20, 2006

Notícias : Scream Awards 2006



Dia 10 de Outubro irá decorrer em San Diego uma das entregas de prémios mais aguardadas pelos fâs do cinema fantástico, os já muito reconhecidos Scream Awards.

Os vencedores serão determinados pelos votos dos cibernautas que poderão expressar as suas preferências no site do evento.
Scream Awards 2006

Aqui ficam algumas das categorias mais interessantes:




THE ULTIMATE SCREAM
• BATMAN BEGINS
• THE DEVIL’S REJECTS
• THE HILLS HAVE EYES
• LOST
• SUPERMAN RETURNS

BEST HORROR MOVIE
• THE DEVIL’S REJECTS
• GEORGE A. ROMERO’S LAND OF THE DEAD
• HIGH TENSION
• THE HILLS HAVE EYES
• HOSTEL

BEST FANTASY MOVIE
• BATMAN BEGINS
• HARRY POTTER AND THE GOBLET OF FIRE
• KING KONG
• PIRATES OF THE CARRIBEAN: DEAD MAN’S CHEST
• SUPERMAN RETURNS
• TIM BURTON’S CORPSE BRIDE

BEST SCIENCE FICTION MOVIE
• AEON FLUX
• A SCANNER DARKLY
• SERENITY
• V FOR VENDETTA
• WAR OF THE WORLDS

BEST TV SHOW
• BATTLESTAR GALACTICA
• DOCTOR WHO
• LOST
• MASTERS OF HORROR
• SMALLVILLE

BEST SEQUEL
• BATMAN BEGINS
• GEORGE A. ROMERO’S LAND OF THE DEAD
• PIRATES OF THE CARRIBEAN: DEAD MAN’S CHEST
• SAW II
• SUPERMAN RETURNS

BEST REMAKE
• CHARLIE AND THE CHOCOLATE FACTORY
• THE HILLS HAVE EYES
• KING KONG
• THE OMEN
• WAR OF THE WORLDS

BEST SUPERHERO
• CHRISTIAN BALE AS BATMAN, BATMAN BEGINS
• CHRIS EVANS AS THE HUMAN TORCH, FANTASTIC FOUR
• HUGH JACKMAN AS WOLVERINE, X-MEN: THE LAST STAND
• FAMKE JANSSEN, AS PHOENIX, X-MEN: THE LAST STAND
• BRANDON ROUTH AS SUPERMAN, SUPERMAN RETURNS

BEST COMIC-TO-SCREEN ADAPTATION
• BATMAN BEGINS
• A HISTORY OF VIOLENCE
• SUPERMAN RETURNS
• V FOR VENDETTA
• X-MEN: THE LAST STAND

MOST MEMORABLE MUTILATION
• EATEN ALIVE, GEORGE A ROMERO’S LAND OF THE DEAD
• THE EYE REMOVAL, HOSTEL
• STABBED IN A PIT OF SYRINGES, SAW II
• SUICIDE BY SHOTGUN, THE HILLS HAVE EYES
• VAPORIZED BY ALIENS, WAR OF THE WORLDS

SCREAM QUEEN
• ASIA ARGENTO AS SLACK, GEORGE A. ROMERO’S LAND OF THE DEAD
• KATE BECKINSALE AS SELENE, UNDERWORLD: EVOLUTION
• EVANGELINE LILLY AS KATE AUSTEN, LOST
• NATALIE PORTMAN AS EVEY HAMMOND, V FOR VENDETTA
• NAOMI WATTS AS ANN DARROW, KING KONG

MOST VILE VILLAIN
• TOBIN BELL AS JIGSAW, SAW II
• LESLIE EASTERBROOK, SID HAIG, BILL MOSELEY AND SHERI MOON ZOMBIE AS THE FIREFLY CLAN, THE DEVIL’S REJECTS
• SIR IAN MCKELLEN AS MAGENTO, X-MEN: THE LAST STAND
• CILLIAN MURPHY AS SCARECROW, BATMAN BEGINS
• PHILIPPE NAHON AS THE KILLER, HIGH TENSION

THE “HOLY SHIT!”/JUMP-FROM-YOUR-SEAT”AWARD
• ALIEN PODS EMERGE FROM THE EARTH, WAR OF THE WORLDS
• THE DINER SHOOTOUT, A HISTORY OF VIOLENCE
• THE EYE REMOVAL, HOSTEL
• THE SPACE SHUTTLE/777 RESCUE, SUPERMAN RETURNS
• THE TRAIN SEQUENCE, BATMAN BEGINS

BEST DIRECTOR
• ALEXANDER AJA, THE HILLS HAVE EYES
• DAVID CRONENBERG, A HISTORY OF VIOLENCE
• CHRISTOPHER NOLAN, BATMAN BEGINS
• BRYAN SINGER, SUPERMAN RETURNS
• ROB ZOMBIE, THE DEVIL’S REJECTS

BEST FOREIGN MOVIE
• 3 EXTREMES
• 2046
• HIGH TENSION
• NIGHT WATCH
• SYMPATHY FOR LADY VENGEANCE

BEST FLESH SCENE
• JESSICA ALBA, FANTASTIC FOUR
• MARIA BELLO & VIGGO MORTENSEN, A HISTORY OF VIOLENCE
• FAMKE JANSSEN & HUGH JACKMAN, X-MEN: THE LAST STAND
• MILLA JOVOVICH, ULTRAVIOLET
• JAY HERNANDEZ, JANA KADERABKOVA, BARBARA NEDELJAKOVA & DEREK RICHARDSON, HOSTEL
• REBECCA ROMIJN, X-MEN: THE LAST STAND

BEST COMIC BOOK
• ALL-STAR SUPERMAN (DC COMICS)
• CIVIL WAR (MARVEL COMICS)
• EX-MACHINA (WILDSTORM PRODUCTIONS)
• MARVEL ZOMBIES (MARVEL COMICS)
• THE WALKING DEAD (IMAGE COMICS)

MOST SHOCKING COMIC BOOK TWIST
• BATWOMAN IS A LESBIAN
• DEAD ROBIN RETURNS AS THE RED HOOD
• GALACTUS IS EATEN BY ZOMBIES
• NITRO BLOWS UP A SCHOOLYARD FULL OF KIDS
• PETER PARKER OUTS HIMSELF AS SPIDERMAN





Algumas nomeações, no mínimo surpreendentes.

Notícias : Posters teasers de Grind House

A dupla Robert Rodrigues\Quentin Tarantino tem estado bastante ocupada nos últimos tempos com a finalização do seu tão aguardado projecto "Grind House", para os meninos e meninas que já estão em pulgas á muito tempo, a dupla disponibilizou recentemente os três primeiros posters oficiais do projecto.

terça-feira, agosto 15, 2006

La Grand Bouffe [1973]



Crew

Marco Ferreri - Director / Screenwriter
Rafael Azcona - Screenwriter
Francis Blanche - Screenwriter
Pasquale Rachini - Cinematographer
Mario Vulpiani - Cinematographer
Philippe Sarde - Composer (Music Score)
Claudine Merlin - Editor
Michel de Broin - Art Director
Gitt Magrini - Costume Designer

Cast

Ugo Tognazzi - Ugo
Marcello Mastroianni - Marcello
Michel Piccoli - Michel
Philippe Noiret - Philippe
Andréa Ferréol - Andrea
Monique Chaumette - Madeleine
Florence Giorgetti - Anne




Crítica

Pensem nisto, quatro distintos senhores burgueses retiram-se para uma pequena casa suburbana, o seu objectivo é deleitarem-se num festim de auto indulgência para todos os pecados da gula, quer estes sejam alimentares quer estes sejam simplesmente carnais.

Um juíz, um produtor de TV, um piloto e um reputado Chef de cozinha decidiram por variadas razões que a sua vida se tornou um enfado e uma perca de tempo. Nesse sentido a solução para escapar a uma existência inerte é partirem em grande estilo com uma festa de arromba para o outro lado.

A arma escolhida para consumar este suícido em grupo não foi uma pistola, uma corda ou mesmo uma caixa de comprimidos, concerteza que plebes meios não estariam em consonância com o status social que estes senhores crêem possuir, por isso a morte será alcançada através de um percurso de fim de semana de degustação extrema e contínua dos mais variados, bizarros e vulgares pratos.

No entanto após a sua chegada ao local, e cenário montado, rápidamente reconhecem que este adeus não pode ser limitado ao mero acto de comer é imperioso elevar o nível de deboche e naturalmente a orgia sexual surge como complemento á orgia gastronómica, para isso são chamadas prostitutas ás quais se junta inesperadamente uma jovem professora liceal. Surpreendemente é a jovem professora liceal que contrariando o seu aspecto angelical que rápidamente domina o festim demonstrando um apetite sexual e alimentar aos quais os suicidas rápidamente constatam não ter capacidade de acompanhar.

No segundo dia rápidamente se apercebem que escolheram uma forma nojenta de morrer e pouco consêntanea com o seu pretenso elevado status, a casa de banho explode cobrindo um dos membros de merda e vómito e envolvendo a casa com um cheiro nausebundo. Outro dos suicidas enfrenta uma crise de profunda flatulência facto que culmina com uma das formas mais asquerosas de morrer até hoje mostradas em cinema.

Enfim, este "La Grande Bouffe" de Marco Ferreri ainda hoje, passados mais de 30 anos, é discutido como um marco no chamado cinema artístico oriundo da "Art House", no entanto a forma como o realizador italiano estica ao máximo as fronteiras do chamado bom gosto, fez com que esta obra nunca concretizasse efectivamente todo o seu potencial artístico e alcançasse o reconhecimento merecido.

Onde esta obra se torna no entanto excelente é na exploração e no estudo do processo estoico de auto indulgência humana. No inicio os personagens satisfazem-se apenas no puro desejo de comer, beber e foder. No entanto, com o desenrolar da história este consumo torna-se cada vez mais prazenteiro quanto mais comida forem conseguindo enfiar nas suas atulhadas goelas sempre acompanhada com um sorriso irónico de crescente satisfação e de determinação.

Este La gRand Bouffe é uma lição contra o excesso de comida assim como Scarface o era para a cocaína. No inicio somos confrontados com o requinte e o cuidado com que as refeições vão sendo preparadas e digeridas, com o passar do tempo vamos vendo como todo esse processo se torna cada vez mais grotesco e nojento.

Um filme que é acima de tudo um misto de humor e depressão, de diversão e repugnância. No inicio a preparação da comida deixou-me com fome, no final a última coisa que me apetecia fazer era comer.

Temos de adorar um movimento artístico que se consegue safar com cenas em que um homem repousa no chão de uma opulenta sala de jantar sendo alimentado á colher até á morte, ao mesmo tempo que uma opulenta e voluptuosa senhora se masturba até atingir o climax....

Um belo ensaio cinematográfico sobre os excessos burgueses levado ao extremo e que garantidamente irá provocatr voltas mesmo nos estomagos mais fortes.
Clips do Filme Clip 1|Clip 2|Clip 3

segunda-feira, agosto 14, 2006

Notícias : Guillermo del Toro fala dos seus projectos actuais





Guillermo del Toro, é de facto um dos realizadores mais criativos da "nouvelle vague".

E esta é para quem, como eu, adora os sempre surpreendentes avanços deste mexicano. Se estiverem interessados em saber o que o mestre de Guadalajara anda a fazer no momento, bastará aceder ao site da Latin Review e ler a belíssima entrevista conduzida por Kelvin Chavez a Guillermo del Toro, aí poderão ficara a par das últimas sobre o ansiado HellBoy 2, o estranho Killing on Carnival Row, o muito propalado Mountains of Madness, ah e claro o até aqui muito pouco falado Dead Man and the Wolfman.

quarta-feira, agosto 02, 2006

You, Me and Dupree [2006]



Crew
Anthony Russo - Director
Joe Russo - Director
Mary Parent - Producer
Scott Stuber - Producer
Owen Wilson - Producer
Mike LeSieur - Screenwriter

Cast
Owen Wilson - Randy Dupree
Kate Hudson - Molly Peterson
Matt Dillon - Carl Peterson
Seth Rogen - Neil
Amanda Detmer - Annie
Todd Stashwick - Tony
Michael Douglas - Mr. Thompson




Crítica
De facto é muito triste que as actuais comédias sejam irremediávelmente aclamadas pela seu carácter medíocre.

O facto de um filme cómico ser ridículo não devia ser factor para que as salas de cinema se encherem e para que o seu público saia das salas totalmente extasiado de felicidade.

Não digo que este "You, Me and Dupree" seja o pior filme de comédia do ano, mas de facto é mais um da categoria dos estupidificantes, que não adiciona nada de novo ao batido género do "unwanted guest".

Sem querer entrar em pormenores que desvendem o irrisório e rídiculo argumento, uma pergunta ficou na minha cabeça á saida da sala de cinema: O que aconteceu á comédia neste filme?

Gags demasiados óbvios, uma Kate Hudson insípida (como foi isso possível), um Wilson mais uma vez a fazer de palhaço Wilson com o costumado ar despenteado e bronzeado made in Hawai, um Matt Dillon completamente perdido, uma história inexistente, enfim uma pura perca de tempo.

No entanto, uma verdade tem de ser dita, o filme pode não vos fazer rir, mas os produtores concerteza que irão ver a sua conta bancária engrossar mais um pouco á conta desta nova febre pela comédia estúpida.

quarta-feira, julho 19, 2006

Notícias : Frank Miller filma "The Spirit"




Esta vem fresquinha do Site da Variety, segundo estes cuscos, Frank Miller, um dos nomes mais talentosos da BD norte-americana, irá adaptar e realizar para a Odd Lot Entertainment e para a Batfilm Productions a obra prima de Will Eisner, The Spirit.

Miller teve uma estreia extremamente auspiciosa na realização ao lado de Robert Rodriguez do muito aclamado "Sin City" - uma adaptação de uma Graphic Novell de sua autoria, pelo que este seu novo avanço na Sétima Arte está a causar muita expectativa.

Quanto a este "The Spirit", para quem não conhece (shame on you), editado originalmente em 1940, conta-nos a história de um detective mascarado que é suposto estar morto.

Habitando num tétrico mausoléu de familia, o personagem criado por Eisner combate o crime nas noites escuras de Dark City, punindo de uma forma macabramente engenhosa os criminosos que têem o infortunio de cairem na sua teia.

Esta obra de Eisner ainda hoje se mantém como um ponto de referência e um expoente máximo da BD norte americana.

A Odd Lot, que adquiriu os direitos do "The Spirit" directamente a Eisner, infelizmente já falecido em 2004, entregou a produção a Del Prete, Pritzeker e a Michael Uslan (Batman Begins).

Traçando objectivos de fidelidade e de emoção bem ambiciosos: "I intend to be extremely faithful to the heart and soul of the material, but it won't be nostalgic. It will be much scarier than people expect", Miller promete surpreender com este seu novo projecto.

A ver vamos...

sexta-feira, julho 14, 2006

La Haine [1995]



Crew
Mathieu Kassovitz - Director / Screenwriter / Editor
Christophe Rossignon - Producer
Gilles Sacuto - Producer
Pierre Aim - Cinematographer
Dominique Dalmasso - Musical Direction/Supervision
Scott Stevenson - Editor

Cast
Vincent Cassel - Vinz
Hubert Kounde
Saïd Taghmaoui - Said
Francois Levantal
Edouard Montoute
Karim Belkhadra
Andrée Damant - Concierge
Vincent Lindon
Benoît Magimel - Benoit
Mathieu Kassovitz - Young Skinhead



Comentário
Maravilhosamente filmado a preto e branco, este La Haine transporta-nos a uma Paris que não encontramos nos charmosos postais nem nas pedantes brochuras turísticas. De facto, a Torre Eiffel o exlibris parisiense, aparece apenas uma vez, para funcionar unicamente como uma referência de uma cidade que não tem lugar para os desesperados e alucinados protagonistas deste filme.

Aquando da sua estreia em 1995 no Festival de Cinema de Cannes, este trabalho de Mathieu Kassovitz, que antoriormente dirigira brilhantemente Cafe au Lait, foi um autêntico murro no estômago da sociedade francesa.

Bebendo claramente as influências de grandes clássicos urbanos como Mean Streets ou Do the right thing, La Haine emerge no entanto como uma obra distinta que não negando estas raízes inspiradoras, acaba no entanto por nos contar uma história universal e livre de âncoras culturais e sociais.

A temática racial, a tensão sócio-económica é nos transmitida "In your face" quase como uma experiência quakeiana, permitindo-nos viver a intensidade de toda a brutalidade presente no dia a dia destes jovens desenquadrados, abandonados e apenas acolhidos maternalmente no seio do Bairro.

Apesar de tudo, Kassovitz não se cinge ao caminho fácil, não se fica pela exposição gratuita da violência, o seu caminho é mais no sentido de nos mostrar as fragilidades dos seus personagens e não a sua idealização.

A furiosa raiva que invade estes jovens é nos fácilmente justificada e até tratada com simpatia, mas estes jovens são confrontados com a responsabilidade dos seus actos e sofrem fria e duramente as suas consequências. A tragédia final com que termina o filme faz com que ninguém escape ileso e intocado.

No fim tudo se resume a uma simples constatação, enquanto permitirmos que o racismo e a repressão social exista na nossa sociedade somos todos os seus responsáveis e as suas vítimas. E Paris provou o amargo desta realidade à bem pouco tempo.

terça-feira, julho 11, 2006

Morreu Syd Barret




Segundo reza a astronomia, existe uma diferença temporal tremenda entre o tempo que uma estrela perece e o tempo em que a deixamos de ver.

Graças a essa mesericórdia celeste iremos continuar a poder desfrutar da sua luz durante muito mais tempo nas nossas vidas.

Please, please, please lift the hand
Im only a person with eskimo chain
I tattooed my brain all the way...
Wont you miss me?
Wouldnt you miss me at all?

Notícias : Mais da Japan Shock - "Eat The School Girl: Osaka Telephone Club"




Mais um "sick flick" de Naoyuki Tomomatsu que nos havia prendado com o estranho e perverso Stacy.

Desta vez Tomomatsu leva-nos numa viagem alucinante á descoberta da perversão de dois jovens que executam os mais perturbadores trabalhos para um pequeno gang yakuza.

Um destes jovens é um predador sexual, já o outro é um viciado em SexFone e graças a um traumático evento que presenciou quando criança, hoje o tipo tem visões de uma criatura angelical que lhe diz quem matar e como matar...

Este é mais um lançamento da "Japan Shock" uma editora asiática de "OffRoad cinema" e que está sediada em Amsterdam.

Mais info no site da HKFix.

Se quiserem poderão ver o trailer aqui.

segunda-feira, julho 10, 2006

The Nightmare Before Christmas [1993]



Crew
Henry Selick - Director
Denise Di Novi - Producer
Bill Gavin - Producer
Tim Robinson - Producer
Michael McDowell - Screenwriter
Caroline Thompson - Screenwriter
Pete Kozachik - Cinematographer
Danny Elfman - Composer (Music Score) / Songwriter / Co-producer
Tim Burton - Production Designer / Producer

Cast
Danny Elfman - Barrel [Voice]
Chris Sarandon - Jack Skellington [Voice]
Catherine O'Hara - Sally [Voice] / Shock [Voice]
William Hickey - Dr. Finklestein [Voice]
Glenn Shadix - Mayor [Voice]




Comentário
Se um dia destes me perguntarem qual o filme da minha vida, a resposta vai estar na ponta da lingua: "The Nightmare Before Christmas".

Para mim este é de facto o filme perfeito, uma obra de culto e que imerecidamente passou tão despercebida a bons e maus cinéfilos.

Esta parábola maravilhosa, repleta de personagens apaixonantes, com uma banda sonora que é a obra prima do grande Dany Elfman, uma história que foi filmada frame por frame com um carinho maternal durante 3 anos, um trabalho de actores intocável na concepção de uma personalidade própria a cada um dos habitantes de Halloween Town, um look visual dantescamente burtiano, enfim esta é uma pérola de relevo na produção criativo-artística contemporânea.

O que mais surpreende nesta "pequena" história é a sua simplicidade a forma como quase subrepticiamente nos demonstra a necessidade humana de ser aceite e amado, e essa motivação naturalmente humana, é nos demonstrada através de personagens aparentemente inumanos.

Enfim, que dizer mais? Vejam, oiçam, cantem, dancem, chorem, riam, encantem-se, sonhem. Tudo isso está lá e passado para o lado de cá em pequenos bonecos de plasticina e em apenas 75 minutos. Parece impossível, não é? Mas isso é porque estamos perante um sonho numa noite de natal.

quarta-feira, julho 05, 2006

JackAss Generation



O que dizer quando um video onde um grupo de jovens suborna através de uns míseros trocos e de algum wiskey ou cerveja, idosos "sem abrigo" a defrontarem-se fisicamente trocando socos, vendeu por esse mundo fora mais de 300.000 exemplares?

O que dizer de uma geração habituada a buscar a adrenalina a qualquer custo, mesmo que isso implique o desrespeito pela mais básica imposição moral, o do respeito pelos mais desfavorecidos?

O que dizer quando é normal rir-mo-nos perante a o falhanço da nossa civilização?

Eu simplesmente tenho vergonha...

BumFight

“All humanity is one undivided and indivisible family, and each one of us is responsible for the misdeeds of all the others. I cannot detach myself from the wickedest soul.”
M. Ghandi

terça-feira, julho 04, 2006

Hard Candy [2006]



Crew
David Slade - Director
Michael Caldwell - Producer
David W. Higgins - Producer
Richard Hutton - Producer
Carla Pagi - Producer
Brian Nelson - Screenwriter / Co-producer
Ye Rin Mok - Cinematographer
Jo Willems - Cinematographer
Harry Escott - Composer (Music Score)
Molly Nyman - Composer (Music Score)

Cast
Patrick Wilson - Jeff Kohlver
Ellen Page - Hayley Stark
Sandra Oh - Judy Tokuda
Jennifer Holmes - Janelle Rogers
John Gilbert - Nighthawks Clerk




Comentário
Numa época em que todos nós nos revoltamos contra essa vergonha que enferma a humanidade, a Pedofilia, surge este nova forma de contar a velha fábula do Capuchinho, mas aqui é o aparentemente mais frágil, e todos nós sabemos que as aparências iludem, que vence o confronto forçando o lobo mau a ser devorado pelos seus próprios desejos.

Esta estreia de David Slade não pode ser considerada muito auspiciosa, também não é um desastre completo, enfim um realizador a rever em próximos projectos.

O filme apresenta um trabalho de actores notável, a pouco conhecida Ellen Page que recentemente vimos no último X-Men, está simplesmente intratável no plateau, a capacidade camaleónica desta jovem actriz foi algo que me deixou bastante surpreendido e rendido, timmings perfeitos, uma expressão corporal impressionante mas acima de tudo uma intensidade de representação como há muito não via numa actriz, muito bom mesmo.

A forma de filmar de Slade também é um ponto a favor desta película, excelente movimentação de camâra, raccords acelerados e com releases de focus inesperados dão um "pace" muito agressivo ao filme.

Onde o filme falha é no que á partida seria o seu ponto forte, a história, Slade foi tentando manter a plausabilidade e o envolvimento do expectador mas esse esforço foi totalmente inglório, Slade não consegue fazer o "wrap up" do enredo e no final os "plot holes" são mais que muitos.

Como veredicto final, é um filme que se mantêm pelo desempenho dos seus actores, pela intensidade da forma de filmar de Slade e pela originalidade de reverter o clássico Capuchinho Vermelho, foi engraçado ver Page no final da película colocar o dito cujo na cabeça e voltar a encarnar a jovem indefesa e frágil.

Notícias : Box com os grandes sucessos de Russ Meyer

Quem, como eu, na sua adolescência sonhava molhado com as meninas peitoralmente abençoadas do mestre Russ Meyer, pode dar pulos de alegria esfusiante. O site play.comdisponibilizou recentemente a preço de amigo uma Special Box com os melhores filmes desse grande benfeitor das borbulhas nos rosto de todos nós.





Para quem quiser recordar, cliquem aqui e sirvam-se.

E como diz a canção, "Sweet dreams are made of tits", ou será que era this?