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terça-feira, junho 27, 2006

Mary [2006]



Cast
Matthew Modine - Tony Childress
Juliette Binoche - Marie Palesi
Forest Whitaker - Ted Younger
Heather Graham - Elizabeth Younger
Marion Cotillard - Gretchen
Stefania Rocca - Brenda Sax
Jean Leloup - Jean-Yves Leloup
Amos Luzzatto - Amos Luzzatto
Elaine Pagels - Elaine Pagels

Crew
Abel Ferrara - Director / Screenwriter
Alberto De Nigris - Producer
Fernando Sulichin - Producer
Mario Isabella - Screenwriter / Co-producer
Simone Lageoles - Screenwriter
Francis Kuipers - Composer (Music Score)




Comentário
A melhor deixa deste filme surge quando numa entrevista televisiva o apresentador pergunta ao cineasta porque este resolveu fazer um filme sobre a vida de Cristo, ao que este responde "Gibson fez um bilião de Dolares". Este é o mote de todo o filme: Quê?

Pouco convincente em todas as suas premissas, este "Mary" foi filmado em quase permanente escuridão em todas as suas vertentes criativas e com poucas tentativas para tornar o que quer que seja claro.

Ao longo de todo o filme somos confrontados com cenas cruzadas indistintamente de Mary na terra santa, do filme durante o filme, Whitaker a sofrer um esgotamento emocional, e no meio de tantos saltos narrativos é dificil entender o que tudo isto significa, se é que significa alguma coisa.

Segundo percebi, este projecto de Ferrara tem origem em Jean-Yves Leloup, um historiador que traduziu o Gospel de Maria Madalena e que pretendia fazer uma adaptação cinematográfica, de facto Leloup até aparece em Mary como ele próprio, o que parece indicar o caminho que Ferrara pretende seguir.

No entanto, invés de fazer um filme de cariz religioso, ele utiliza esta ideia de um filme fictício sobre a vida de cristo de onde extrai depois várias narrativas paralelas mas desconexas e desenquadradas, óbviamente, o resultado não foi famoso.

Existe no entanto, uma breve temática feminista que parece indiciar que esta obra menor de Ferrara procurar ser um ténue contraponto ao "Hype" de Dan Brow, confesso que nem li, nem vi, nem estás nas minhas prioridades literárias de verão a leitura desse blockbuster literário, mas pelo menos o objectivo de Brown e de Howard era claro e cristalino o de Ferrara é escuro e nebuloso.

Enfim, Whitaker e Graham fazem apesar de tudo um trabalho profissional no desempenho de um casal ameaçado com a perca do seu filho recem nascido.

Binoche pouco pode fazer com o seu personagem, uma vez que Ferrara nada fez para dar conteúdo a Marie o que torna o seu destino para nós indiferente.

Quanto ao desgraçado do Modine, fica preso a um cineasta mesquinho e convencido, e que trata os reporters por "Baby". Pois.

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